À ti, que baila, branca bruma,
Em densa e torpe mata escura
De leitos tantos e tristes espumas
De sonhos mil da juvenil procura
À ti, que brinda, negra noite
Ao céu, ao sal, dos retirantes
Enforca o riso e beija o açoite
Na morte-vida de peitos arfantes
Entrego o olor outonal que já nem sentes
Azedo-doce de caminho errante
Ao pranto mudo de corpo vibrante
De alma dorida e pele ardente
Esse cheiro de praga, de pó, de semente
Cheiro seco de poeta, teu irmão claudicante.
Friday, June 09, 2006
Homem de verso
Sou homem de verso...
De verso e reverso
De laço e embaraço
De olhar e de gesto
Sou que nem ave de arribação
Sem caminho nem destino
Sou tropeço de menino
Que só escuta coração
Sou homem diverso...
O reverso do homem de aço
Sou luz, sou mancha, sou traço
Na tela escura desse universo
A todo caminho minha alma empresto
A cada desvio, silencio e refaço.
De verso e reverso
De laço e embaraço
De olhar e de gesto
Sou que nem ave de arribação
Sem caminho nem destino
Sou tropeço de menino
Que só escuta coração
Sou homem diverso...
O reverso do homem de aço
Sou luz, sou mancha, sou traço
Na tela escura desse universo
A todo caminho minha alma empresto
A cada desvio, silencio e refaço.
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