Monday, May 15, 2006

Não tenho dimensões de nada.
Mas na imensidão do meu silêncio
Pareço sentir cada milímetro
Da solidão de todos nós.
Dias passam
Claros
Escuros feixes
De sonhos
Sonhos gotejam
Em sangue
Derramam desejo
Cospem paixões
E a dor
É quase um sorriso.

Ponto

Se te encontro em qualquer canto
Em qualquer canto eu me encontro,
E me encanto.
Se te encanto em qualquer ponto,
É como um conto o meu encanto.
Esse teu corpo é que é meu canto...
Esse teu sexo que me faz pronto...
Essa tua dor que me escorre o pranto...
Esse teu gozo que me deixa tonto...
Canto e verso tanto
Em meio a tantos contra-tempos;
Conto o tempo e canto
A razão do nosso encontro.
Somos um, inteiro;
É esse o nosso encanto.
Somos dois, somos mais;
Somos nossos e ponto.
Tudo de amor em mim foi consumido...
Como um Neruda aberto por acaso,
De revérbero desmedido e temperaturas infernais.
Como de outra maneira não poderia ser...

Wednesday, May 03, 2006

O que fiz do meu amor, sede infinita...
Sou córrego triste e sonolento
Ele bem mais que mar revolto se agita...

E que de tudo que há na terra eu faça poesia. Que chegue terremoto, avalanche, dissonante, maresia E que eu faça do acorde puro e seco o ...