Wednesday, November 29, 2006

Fins

Um pano...
Eu preciso de um pano.
Um pano virgem, de cor branca.
Mas nada sofisticado.
Nada de rendas, sedas, linhos, cetins...
Um pano simples,
Simples e branco.
E água. Muita água.
Hidrelétricas inteiras...
Rios de águas puras...
Puras e límpidas.
Transparentes.
Como as teimosas auroras em nossos olhos...
Como os fins que nem sempre se justificam...

E que de tudo que há na terra eu faça poesia. Que chegue terremoto, avalanche, dissonante, maresia E que eu faça do acorde puro e seco o ...